quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Ciranda


Ai que age calado

que sai quando tudo é

silêncio.

E aí? O que as lembranças despertam?

Ai que a memória um dia volta, aí somente

a culpa enobrece

um passado torpe...

Ai, aquela história de quadrilha!

Nem Carlos Drumond imaginaria:

mais confusa, menos dolorida, menos

inevitável que se parece.

Ai se pudesse se fartaria

Se lambuzaria de carne moída

em pleno banquete

a trancaria em gaiolas de ouro

só pra estupra-la todos os dias.