segunda-feira, 3 de agosto de 2009

escrever


como no dia seguinte
da cachaça e da orgia
já nem me lembro como
é

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Uberlandia está com tudo, e está prosa, poesia e musica...


Rogério SkyLab passou por aqui e deixou suas impressões da terrinha mineira em seu blog...


"UBERLÃNDIA - 2

Se não fosse o movimento Mangue Beat, Chico Science existiria? Se não fosse o Cinema Novo, Glauber Rocha existiria? Se não fosse o Tropicalismo, Caetano existiria? E se não fosse o Modernismo, Mário e Oswald existiriam?
Existiriam.
Eles existiriam de qualquer maneira. Pode ser que o movimento tenha dado a eles uma visibilidade inicial. No entanto, mais cedo ou mais tarde, com ou sem movimento, eles se afirmariam. E sobrepujariam o movimento. E dariam visibilidade ao movimento, que não seria nada se não fossem eles.
Quem é Raul Bopp, Menotti Del Picchia, Cassiano Ricardo, Tarsila do Amaral, Pagu, Di Cavalcanti...?
Muito pouco ao lado do que representaram Mário e Oswald. Nem Villa Lobos, cuja genialidade só viria a ser afirmada anos mais tarde.
Acho que o mesmo raciocínio eu posso aplicar aos outros movimentos, que tiveram ao menos uma nobre função: trazer à cena, o gênio.

Bem, tudo isso vem à propósito de uma conversa no carro com o Vitor, integrante do Goma. Estou me referindo a minha estadia em Uberlândia. Além de ter conhecido o Robinho e sua banda o "Juanna Barbêra", que me surpreenderam com uma versão de "Você vai continuar Fazendo Música" de "tirar pica-pau do oco", tive o prazer de conhecer o GOMA e recebi uma lição de como se faz política cultural. (...)"

Para ler mais acesse:
http://godardcity.blogspot.com/2009/06/uberlandia-2.html

quarta-feira, 6 de maio de 2009

A abordagem foi inesperada, mas o assunto está em pauta!


Pois é, hoje mais ou menos 1h da tarde fui abordada pela imprensa local, eu e mais dois amigos fotografados fumando maconha em plena mesinha do jambolão, sim, nada de novo, mas a imprensa, a balbúrdia, os vereadores crentes, pra eles tudo é novo. Posso até me esforçar para compreender que essas pessoas são conservadoras, que não pensam como nós, ou não pensam, mas neste lapso e por um momento de relapso vou perder meu tempo falando disso.
Está sendo discutido na câmara municipal formas de intervenções repressivas na UFU para acabarem com o suposto tráfico e uso de drogas que aconteceriam debaixo do pé de Jambolão, mas durante uma das conversas com o reitor da UFU este afirma: " Não podemos trabalhar com a repressão. A UFU é uma casa de educação. Temos que mostrar os malefícios dessas práticas, antes de punir um jovem usuário. Nas Universidades brasileiras e no mundo inteiro há um acordo para que a polícia não atue nos Campi."
A discussão foi encabeçada pelo vereador Carlito Cordeiro, o mesmo que propôs um projeto para introduzir o nome de Deus na bandeira de Uberlândia, nem preciso externar o quanto isto é ridículo, mas devo lembrá-lo que por aqui o estado é laico!
Os jornalistas aparentemente livres de preconceitos, nos pediram opinião sobre o caso...
E ainda com muita preguiça tentei novamente falar do assunto sem tabus, censo comum e hipocrisia. Expliquei que este hábito não é só meu, nem isolado, disse ser uma espécie de "tradição universitária", e pedi que estudassem, pesquisassem, para não serem tolos, obsoletos ao publicarem a matéria. Atentei que o assunto está sendo abordado em âmbito nacional através de marchas e discussões que envolvem até o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. E que a Universidade passa por problemas maiores que atingem diretamente bem mais os alunos e a população do que uma simples reunião de jovens estudantes.
A discussão está em aberto em todo país, e espero que mais pessoas se manifestem sobre o caso. Nenhum assunto é insignificante a ponto de não ser discutido, se existe repressão é porque existe medo, medo de não ter argumento, de não haver mais sentido, medo de lidar com mudanças.
Enfim....Sinceramente, se o correio publicou ou não, veremos amanhã, tenha a opinião que tiver, não fique calado, calar é assumir um erro, assuma suas decisões e posicionamentos ou deixe-os!

Seja você para não ser infeliz...

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Fazer Rimas e Romances é Brega



Sempre fiz poemas inspirados em amores e amantes, nunca vistos, lidos como se não fosse em mim, e o que havia deles ficava ali e ia fazendo assim. Mania que logo teve um fim, desde dezembro quando minha garganta entalou com um caroço esquisito, engasguei e me calei.

Penso que o mundo já me cansa, sinto, mas não falo mais, nem se quisesse e se o mundo deixasse e ainda se acaso eu pudesse, não sai.

Vivo pelo que me arrebata, gosto do que me afeta a solidão e ameaça minha vida de orgias, sem querer, sem saber. Ameaça minha vida induzida pela minha racionalidade e meus métodos para alcançar uma vidinha artificialmente estável.

Mas eis que um filho da puta, a quem nunca havia despertado qualquer luxúria, se atreve insistentemente a tocar-me. Um toque insensível ao tato, aos outros, a elas “Inhas”, a ele....

Tentei viver um romance, foi ridículo, e fiz o que todo mundo faz quando vê o fim: bebi, fumei, e trepei com outros pra me divertir. Depois tentei um poeminha, foi brega, porque o que o mundo me oferece não me comove, segue, com ou sem ele, um silêncio incômodo.

Um toque a mais, para nós como para vida, logo após é um toque a menos, e assim eles se vão...Agora, pela primeira vez a um toque do fim suspiro ainda afim de insistir.

Minha fé na pós vida. Minha pele já fria, não aceita frivolidades. Minha boca já seca, depois de todo suor desperdiçado, sofre com seu último trago.

sexta-feira, 27 de março de 2009

quarta-feira, 4 de março de 2009

Grupo Tamboril- Breve apresentação

O grupo Tamboril surge em 2008 dentro da Universidade Federal de Uberlândia formado por alunos dos cursos da área das humanas. Carentes das atividades artistísticas, os alunos passaram a interfirir no espaço acadêmico através de performances, dança, sarau e exibições de curtas.
Depois de um ano de existência ganha cara nova, e um carater de movimento cultural dentro da Universidade, fomentando a arte independente e buscando integração de grupos locais e de outras regiões, afim de criar um público consciente dos novos rumos da arte brasileira.
O Tamboril tem como objetivo principal a apresentação de um cenário artístico produtivo e amplo, dentro da Universidade. Este cenário vem sendo consolidado por novas iniciativas geridas em outras regiões com sucesso, vide Movimento Panamby, em Cuiabá(MT). Sempre integrando a Universidade à Sociedade, trabalhando junto a outros grupos artíticos e gestores da arte independente local, o grupo tem a intenção de formar um público universitário que consuma arte conciente.
Esta iniciativa parte de artistas universitários desvinculados de instituições como DCE, DAs e CAs, mas apoiado pelos mesmos. Por isso a UFU torna-se mais um espaço de divulgação e fomento da cultura jovem.

Da Calourada
Este primeiro evento será estratégicamente realizado durante a Calourada UFU 2009 e direcionado aos Calouros. O tema do DCE explicita a vontade e a necessidade de novos rumos para a vida na Universidade tão reduzida aos seus respectivos cursos. Discute os movimentos estudantis, problemas e soluções ambientais e toda a diversidade dentro do campus. O grupo Tamboril atuará dentro da comissão cultural (audiovisual, literatura, música) com a mesma intenção das outras comissões, integrar grupos universitários em busca de ampliar os espaços acadêmicos.
Como será voltada aos calouros, as palestras tem caráter explicativo de novas produções, experiências e tecnologias da cena independente. Contamos com o apoio do DCE-UFU 2009 para realizarmos as atividades tão previamente programadas.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Tamboril???

O que você sabe sobre NÓS...



em Breve!
GRUPO TAMBORIL

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009


minha melhor companhia era o silêncio inquietante
a solidão do silêncio
minha companhia mais agradável
matar o tédio com o grito pra dentro
e de dentro matar a vantagem
saciar a vagina sacana
na cama,
sem chama
sem carma
sem lema de quem ama
sem lama
sem nada
(...)

sanado o desejo
dispensado o cortejo
o dia amanhece calado

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

ócio (...)

óciociociociociociociocicoicoicociocio
ciociociociociociociociociociociociocio
cio

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Anotações recortadas/ Observações Contidas

quadro: Vladimir Kush

(no sofá)
(com um cigarro/brau)
(dou um trago manso)
(respiro ira desafiadora)
(esboço sensualidade)
(com firmeza ando em rodas)
(paro e giro em torno de mim)
[caio]
(falo ainda meio sonolenta/ dopada)
(de cócoras apontando o outro)
(levanto-me com soberba)
(irônica/ esculachada/ tom de deboche)
(sobrancelhas levantadas)
(retorço a cabeça, encarando o público até a amargura)
[sorriso de canto]
(falo como se cuspisse com nojo)
(com orgulho de estar só dos humanos)
(volto a andar)
[olhar insano]
(olho pra baixo)
(olho pra frente)
(quase animada aponto pra cima)
[ataque de nervos]
[risos nervosos]

(Falo bem baixinho)
(novamente no sofá)
tê-nu-E-qui-lí-bri-o
(como se flutuasse)
(pulo no cenário)
(na mesa...
[caio]
(no chão rolo)
(em tom de descoberta)
(ascendo outro cigarro)
(solto a fumaça)
(como se conseguisse a segurança da verdade)
(com austera simplicidade)
(quase intransigente)
(sonho e perturbação)
(sonho é perturbação)
(respondo a isso rapidamente com uma sinceridade cruel)
(ando e balanço a cabeça fazendo sinal de positivo)
(paro para blasfemar de boca cheia)
(com conformismo)
(como se novamente caísse na mesmice da sanidade)
(?)
(retruco uma crítica que ainda nem foi feita)
(sínica/ gritando/ sorrindo)


a luanafidêncio ... depois de vermelho marte!